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“Guia de Qualidade do Cacau paraense” incentiva fortalecimento da cadeia do fruto no Estado

Pará é líder nacional e mundial em produtividade do fruto
O Pará é o maior produtor de cacau do Brasil e do mundo / Foto: Pedro Guerreiro – Agência Pará

O Pará, maior produtor de cacau do Brasil e detentor da maior produtividade do mundo, agora conta com um instrumento estratégico para ampliar a competitividade do fruto e gerar novas oportunidades de mercado. O Centro de Valorização de Compostos Bioativos da Amazônia (Cvacba), laboratório da Universidade Federal do Pará (UFPA) instalado no Parque de Ciência e Tecnologia (PCT) Guamá, lançou o “Guia de Qualidade do Cacau paraense”.

Segundo o coordenador do CVACBA, professor Jesus Silva, desde 2009 o Centro realiza pesquisas com o cacau amazônico, abrangendo desde a colheita e o processamento até o desenvolvimento de novos produtos e o aproveitamento de resíduos. O foco, reforçado pelo Guia, é preservar os compostos bioativos e seus benefícios à saúde, valorizar a produção local e ampliar as oportunidades de mercado.

Guia orienta toda a cadeia produtiva

O documento traz orientações sobre o momento ideal de colheita, transporte das amêndoas frescas, métodos adequados de fermentação e secagem, além de técnicas corretas de armazenamento. Apresenta ainda critérios oficiais de classificação, explicando como identificar defeitos, avaliar características sensoriais e compreender a influência desses fatores no preço pago ao produtor.

Também destaca a importância do manejo adequado no campo, do controle de pragas e doenças, da rastreabilidade e do uso de tecnologias que permitam padronizar e manter a qualidade das amêndoas.

Guia orienta toda a cadeia produtiva / Foto: Pedro Guerreiro – Agência Pará

A pesquisadora Giulia Lima, doutora em Biotecnologia, explica que o Guia integra fundamentos teóricos sobre os fatores que influenciam a qualidade e resultados práticos obtidos com amostras comerciais do Estado, considerando parâmetros físicos e físico-químicos. “Amêndoas bem fermentadas são ideais para chocolates finos, enquanto as com alto teor de gordura atendem à indústria de manteiga de cacau. Ao mostrar a diversidade de perfis existentes no Pará, o Guia amplia as oportunidades de mercado e fortalece a competitividade internacional”, ressalta.

Produção de destaque mundial

O cacau cultivado no Pará apresenta ampla diversidade genética, resultando em amêndoas diferenciadas, com perfis sensoriais únicos e reconhecidos no mercado internacional. Por ser nativo da Amazônia, encontra condições ideais de clima e solo no Estado, que é o único do mundo a produzir cacau de várzea. A convivência com outras espécies florestais influencia diretamente o aroma e o sabor do produto.

Inovação tecnológica agrega valor

A inovação tecnológica tem papel central na valorização do cacau amazônico, permitindo o aproveitamento integral da matéria-prima e a diferenciação de produtos no mercado. Para o professor Jesus Silva, o conhecimento científico impulsiona a competitividade, fomenta produtos funcionais, valoriza a biodiversidade, amplia renda e abre oportunidades, especialmente para agricultores familiares e cooperativas.

No CVACBA, pesquisas aplicadas buscam metodologias modernas para avaliar e preservar compostos bioativos presentes nas amêndoas e subprodutos, ampliando seu uso em alimentos, bebidas e chocolates funcionais e premium. “A inovação tecnológica se torna um vetor de desenvolvimento econômico regional sustentável”, conclui.

Referência em inovação na Amazônia

O PCT Guamá é uma iniciativa do Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet), com as parcerias da UFPA e Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), com a gestão da Fundação Guamá.

É o primeiro parque tecnológico da região Norte do Brasil, e visa estimular a pesquisa aplicada e o empreendedorismo inovador e sustentável, a fim de melhorar a qualidade de vida da população.

Localizado às margens do Rio Guamá, que dá nome ao complexo, o PCT está situado entre os campi das duas universidades, e conta com um ecossistema rico em biodiversidade, estendendo-se por 72 hectares, destinados a edificações e à Área de Proteção Ambiental (APA) da Região Metropolitana de Belém.

O complexo conta com mais de 30 empresas residentes (instaladas fisicamente no Parque), mais de 40 associados (vinculados ao Parque, mas não fisicamente instalados), 12 laboratórios de pesquisa e desenvolvimento de processos e produtos e uma escola técnica.

O PCT Guamá integra a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e International Association of Science Parks and Areas of Innovation (Iasp), e faz parte do maior ecossistema de inovação do mundo.

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